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Foto do escritorTom Peres

Luz Contínua para Gustavo Bassani

Nessa terceira entrevista converso com o múltiplo artista Gustavao Bassani. Um produtor musical, DJ e ator, nascido e criado em Porto Alegre. O Gustavo foi meu colega no curso de Formação de Atores da Casa de Teatro de POA, tivemos o prazer de montarmos o espetáculo A Ópera dos Três Vinténs, onde dividíamos o personagem Mac Navalha. Além disso moramos um bom tempo na mesma casa que chamávamos de "república" mas isso é papo para uma outra entrevista.




 

Quem é o Gustavo Bassani? De onde é?

Produtor Musical, DJ e as vezes ator. Nascido e criado em Porto Alegre.


Qual o seu estilo musical?

Hoje em dia meu trabalho autoral é super nichado, trabalho dentro do gênero “Techno” da música eletrônica. Uma sonoridade bem repetitiva, minimalista e hipnótica.


Por ser um artista múltiplo, como você faz para escolher um caminho, seja ele na música, na atuação e etc? Qual dos caminhos está mais ativo hoje?

Acho que falando de processos artísticos, as escolhas vão sendo tomadas de acordo com as nossas inquietações internas e de acordo com as linguagens que a gente consegue encontrar pra expressar essas inquietações. Hoje em dia estou mais ativo na música eletrônica, mas não descarto a possibilidade de algum dia retornar ao teatro.



Quais são as maiores referências?

Ah, são muitas... vão desde Gilberto Gil, Elis Regina, Marvin Gaye até algumas referências mais específicas da música eletrônica como Jeff Mills, Robert Hood, Truncate, Marcal.


Qual a sua inspiração para criação das músicas? Como é o mercado no meio musical que você está inserido?

Pra ser sincero a inspiração vem das infinitas horas de trabalho mesmo. Bastante tempo de experimentação pra depois reunir as melhores ideias e com elas seguir em frente. Não tenho o costume de usar uma imagem, um filme ou algo nesse sentido pra trazer essa inspiração. Sinto que a composição e a produção autoral são como um exercício. Quanto mais consistência, mais a gente vai aprimorando as técnicas, treinando o ouvido, aflorando a criatividade e encontrando uma identidade artística.


Como você vê o cenário musical para novos nomes? Existe exigências além da música?

Apesar de eu não gostar de alimentar essa ideia de competição, pensando em termos de mercado, o cenário musical é infelizmente super competitivo principalmente pra novos nomes. Mas ainda assim acredito que através de uma produção artística que seja verdadeira e de qualidade a gente vai encontrando os caminhos pra conseguir o nosso espacinho no mercado. Além da música existe muita coisa que precisa se pensar. Desde imagem, vídeos, fotos, comunicação, networking, marketing, social media. Mas é de fato a parte que coloco menos energia. Meu foco é bem maior no trabalho referente a música mesmo.



Muitos Djs de outros países tocaram tuas músicas, como é feito esse contato e como tu te sente ao ter tuas músicas tocadas por eles?

O contato varia de DJ para DJ. Alguns tocam por que chegaram em mim através de sua própria pesquisa e outros porque consegui estabelecer uma certa relação, onde envio algumas faixas e alguns acabam gostando e tocando elas. E bom, ver um artista que é uma referência pra mim tocando as minhas faixas é sempre algo muito legal. Para além da visibilidade que isso pode trazer, pra mim é muito mais sobre o reconhecimento e sobre saber que aquele artista se identifica de alguma maneira com o que eu criei.


Fizemos um ensaio fotográfico artístico com muitas variações de climas, como você pensa a sua imagem como Dj?

Olha, admito que tenho bastante dificuldade quando se trata de imagem. Deixo isso aí pra quem sabe, né Tom? Meu forte é áudio mesmo kk Mas claro, é quase impossível desvincular a arte do artista, então tento encontrar algumas referências e relações de imagem que dialoguem com essa atmosfera mais crua e obscura do techno. Tendo a gostar mais de fotos que não entregam tudo de uma vez, que não expõem tanto, ou seja, que escondam mais do que revelem. Até por que acredito que dentro desse nicho do Techno a ideia é deixar que a música fale por nós e ela sempre seja a protagonista.


Onde podemos encontrar as músicas de Gustavo Bassani?Músicas autorais encontra no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/2SAjxLG27EvqEH8ACYIYnP?si=FI4tbei6RRedSj6VvubTlgE

alguns sets onde misturo músicas de artistas que gosto com um pouco das minhas próprias criações: https://soundcloud.com/gustavobassani/sets/podcastss?si=c491e96ef071438fb27586cc1218d8a0&utm_source=clipboard&utm_medium=text&utm_campaign=social_sharing



Qual o próximo passo na sua carreira?

Acho que o próximo passo é igual ao passo anterior. Só seguir trabalhando com consistência, continuar estudando, aprendendo coisas novas e aprimorando tudo. Um passo de cada vez e vambora.


Se você pudesse tocar uma última música antes de morrer, qual seria?

“Nos Bailes Da Vida” de Milton Nascimento – uma das músicas que conheci a partir dos meus primeiros contatos com o teatro.

 

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