MEU CORPO É TEMPLO
Meu corpo é templo
Não é qualquer um que entra
Ta exposto, ta amostra, mas não toca,
Nem tenta
Sou livre, mas não te dou liberdade
Pra tocar aqui, só tendo muita intimidade
De frágil só a minha paciência
Não tenho tempos nem ouvidos
Para essa gente besta.
Não ta no corpo
Está na alma
Se um olhar é profundo
As vezes ele é o que mais fala
Seja um olhar bom ou um olhar ruim
Meu instinto sabe eu sinto daqui
É vibração, é energia um corre -corre
Todos os dias
Alguns se perdem outros se passam
É só ver uma mulher na rua
Que eles ficam todos ouriçados
Queria se por um surto
Eles fossem os estuprados
Eu não desejo isso a ninguém
Mas eu acho injusto as mulheres
Serem reféns
Reféns, refeições, rejeitadas
toda mulher passa por um desses
hoje não passarão
daqui pra frente
eu grito NÃO!
Do meu corpo eu tenho noção,
que pra macho escroto, machista
racista, fascista, transfóbico
não mais passarão!
PRETA MINA
Este post é para trazer a público o meu primeiro ensaio autoral, que propõe uma discussão sobre o quanto as mulheres são desrespeitadas, menosprezadas, agredidas mesmo dizendo não, mesmo usando milhões de faixas de NÃO ULTRAPASSE.
Neste ensaio proponho o "exagero", que em um mundo tão absurdo no qual vivemos, por vezes, é o considerado normal.
Essa é a primeira de três partes na qual dividirei o ensaio. Abaixo o álbum com as fotos.
Ficha técnica:
Fotos e proposição: Tom Peres
Modelo/atriz: Fernanda Roggia
Maquiagem: Juliane Senna
Colaboração artística: Juliane Senna, Qex Bitencourt e Fernanda Roggia
Apoio: Eder Ramos
Produção: Tom Peres Fotografia
Comments